Muitos artistas concentram-se em fazer um bom desenho. Dentro do que na nossa cultura visual se considera, nos dias de hoje, ser um “bom desenho.” Todavia, a meu ver, não basta preocuparmo-nos em fazer “bons desenhos”, se no final este só servir enquanto representação – bem conseguida que seja – do seu propósito (ie. retrato, ilustração, etc).
Tal como num filme de culto é na procura de algo mais substancial que se expressam os elementos mais profundos da realidade, também no desenho acontece o mesmo, quando nos concentramos em demasia em soluções puramente visuais, dando maior relevância aos aspectos gráficos, acabando-se por perder a capacidade de exprimir algo mais, para lá do que os olhos conseguem ver.
Todo o processo de construção de um desenho que pretende transmitir também o que se consegue sentir da realidade, tem de contemplar esse propósito desde o início, e para tal é necessário uma metodologia completamente diferente...
Em suma, para exprimirmos a sensação do que podemos apreender da realidade, em todos as suas facetas, há que desenvolver a capacidade do “sentir” através do desenho. E para isso é preciso descobrir como utilizar os elementos básicos de representação para captar a Sensação do “real.”
Reflecting on the drawings ...
Many artists focus on making a aesthetic drawing. Within that in our visual culture is considered, nowadays, being a "good drawing". However, in my view, is not enough to concern us in making drawing´s that visually work, if in the end is only just another "nice" drawing - even if it looks rely good.
As a independent film is looking for something more substantial that express the deepest elements of reality, also design/drawing is the same, when we focus too much on purely visual solutions, giving greater emphasis on graphical aspects, ending up by losing the ability to express something more, beyond what the eye can see.
The entire process of doing a drawing that also wants to convey what you can feel from reality, needs to reflect this purpose from the beginning, and this requires a completely different approach ...
In short, to express the sense of what we can grasp reality in all its facets, we must develop the capacity of the "feeling" through drawing. And for that you need to figure out how to use the basic elements of representation to capture the feeling of "real."
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