11.6.15

Ossos do Cadavre | Cadavre’s bones

Há tempos fui convidada a participar na projecto CC:CE, coordenada pelo DanielMaia, que desafiou os autores portugueses a colaborar numa banda desenhada colectiva onde o objectivo foi criar uma continuação às páginas de BD anteriores à nossa, construindo uma narrativa surreal e inventiva uma prancha após a outra. O projecto teve momentos altos, de grande adesão e sucessivas novas BDs, e momentos de inactividade, mas chegou por fim a uma conclusão. A minha intervenção foi na forma de uma surpresa, numa página extra – a #51.

A complexidade das associações livres “cadavre exquis” implica que seja algo difícil perceber a história, que é feita de twists narrativos e alguma necessidade de ler nas entrelinhas, visto faltar espaço para explicar tudo. Mas depois de se encaixar com o objectivo é um desafio criativo engraçado, que nos inspira a descobrir a história que ainda não se contou. Na minha página, decidi aprofundar o passado da Ceifeira criada na #20, que está em foco nas sequências recentes. Ou seja, mostrar o “outro lado da moeda” e dar uma maior dimensão a uma personagem até agora pouco explorada.
Apesar de ser página auto-conclusiva, está é a minha 2ª banda desenhada de sempre e quis experimentar um novo processo: abaixo estão fotos dos desenhos que fiz em separado, que depois compus digitalmente na prancha seguindo o esboço inicial.


Some time ago I was invited to participate in the initiative CC:CE, coordinated by Daniel Maia, a project that has challenged Portuguese authors to collaborate in a collective comic story, with sequences built upon previous pages and creating a whole narrative. The project had high points of great intensity and successive new pages, and moments of inactivity, but it finally reached a conclusion. My contribution was in the form of a surprise, an extra page – the #51.

The complexity of "cadavre exquis’” free associations implies some difficulty in reading the story, made of one narrative twist after another and a need to read between-the-lines. But after understanding the gist of it, it’s a fun creative challenge to do, inspiring us to discover the history yet untold. In my page, I focused on the Reaper created in #20, who is in center-stage in recent pages; to show the "flip side" and give a greater dimension to a character thus far little explored.Despite being a self-conclusive page, this is my 2nd comic ever and I wanted to try a new process: Above are drawings I made separately and then digitally compose onto the comic page, following the initial sketch I had done.


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