Começa
a 2a temporada mais preenchida de lançamentos do ano. Com o popular
festival AmadoraBD a aproximar-se, o qual antecipa a quadra natalícia
com as principais edições do segundo semestre, todas as editoras
preparam os seus títulos mais apelativos para apresentar aos
leitores. A Editora Devir também entra na 2a metade da sua
Colecção Angouléme e em Outubro publica mais um volume que tive o
prazer de legendar – Anäis Nin: No Mar das Mentiras,
de Léonie Bischoff.
No
início da década de 1930, a escritora feminista Anaïs Nin vive nos
subúrbios de Paris. Várias vezes desenraizada, insatisfeita com a
sua vida de casada, cresceu em dois continentes, falava três
línguas, e lutava para encontrar o seu lugar numa sociedade que
relegava as mulheres para papéis secundários. Nesta romance
gráfico, a autora Léonie Bischoff explora
livremente a sensualidade de umas das personalidades mais fascinantes
do século XX, mergulhando nas suas obras, no seu diário e na sua
correspondência com o escritor Henry Miller.
Para mim, como legendadora, foi um prazer trabalhar nesta obra, com cujo grafismo me identifico imenso, dado usar uma técnica de desenho com cor que também já explorei. A nível técnico, não foi um livro fácil de legendar, por causa da fonte em caixa baixa, mas felizmente tive capacidade para aproximar a legendagem em português da original.
In the early 1930s, feminist writer Anaïs Nin lives in the suburbs of Paris. Often uprooted, dissatisfied with her married life, she grew up on two continents, spoke three languages, and struggled to find her place in a society that relegated women to secondary roles. In this graphic novel, author Léonie Bischoff freely explores the sensuality of one of the most fascinating figures of the 20th century, delving into her works, her diary, and her correspondence with writer Henry Miller.
Published in 2020, Anäis Nin: In the Sea of Lies won the ‘2021 Audience Award at the Angouléme International Comics Festival, one of the most important awards in the field in Europe, reflecting the importance and recognition given to the work by both the critical community and the general public.
For me, as letterer, it was a pleasure to work on this book, which style I deeply identify with, given its use of a color drawing technique I've also explored. Technically, it wasn't an easy book to letter, due to the use of lowercase font, but fortunately I was able to approximate the Portuguese adaptation to the original.
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